Funcionários da Apple usam telefones Android para evitar serem espiados pela empresa

De acordo com a The Washington Post estas iniciativas têm ocorrido em múltiplas lojas da Apple espalhadas pelos EUA, procurando não só um aumento de salários como também outros benefícios

De acordo com informações avançadas pelo The Washington Post, vários trabalhadores das lojas da Apple nos EUA começaram a usar telemóveis com sistema operativo Android para falarem sobre as iniciativas de se sindicalizarem, procurando assim eliminar qualquer hipótese de serem detectados pela empresa.

 

O jornal diz ter conversado com trabalhadores (que permaneceram anónimos) sobre estas iniciativas, que têm incluído ainda reuniões secretas, troca de mensagens por apps encriptadas.

 

Embora não haja provas de que a Apple realmente espie os iPhones dos funcionários, os organizadores podem ter em mente a demissão da ex-funcionária da Apple, Ashley Gjøvik, que alegou assédio sexual, questões ambientais e vigilância pela empresa.

 

A megacorporação “tem uma cultura interna de vigilância, intimidação e alienação”, escreveu Gjøvik. “Os funcionários são observados de perto e os nossos dados são acumulados em nome do sigilo e da qualidade.”

 

A Apple tem 270 lojas nos Estados Unidos e obteve 36% das suas vendas líquidas totais de US$ 365,82 mil milhões no ano fiscal de 2021 por meio de suas lojas de varejo, de acordo com um documento regulatório.

 

O salário de seu chefe, Tim Cook, era 1.447 vezes maior que o de um funcionário médio da gigante de tecnologia no ano passado, alimentado por prêmios em acções que o ajudaram a ganhar um total de quase US$ 100 milhões.

 

Em Setembro do ano passado, a empresa planeava dar aos seu funcionários um bônus único de até US$ 1.000, em meio a condições difíceis do mercado de trabalho e agitação entre os funcionários.

 

De acordo com a publicação norte-americana estas iniciativas têm ocorrido em múltiplas lojas da Apple espalhadas pelos EUA, procurando não só um aumento de salários como também outros benefícios.

Fonte: The Washington Post

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