Cientistas criam os primeiros modelos sintéticos de embriões humanos em laboratório

Embora a estrutura não tenha coração ou cérebro, ela tem células-tronco que seriam capazes de formar todo o embrião, caso seu desenvolvimento fosse estimulado

No início da semana, uma equipa de cientistas nos Estados Unidos e no Reino Unido anunciou ter criado as primeiras estruturas semelhantes a embriões humanos a partir de células estaminais, sem a necessidade de óvulos e espermatozoides.

 

Essas estruturas sintéticas semelhantes a embriões estão nos estágios iniciais do desenvolvimento, não têm coração nem cérebro, por exemplo, e os cientistas dizem que poderão ajudar na compreensão de doenças genéticas ou das causas de abortos espontâneos.

 

É uma investigação que levanta questões legais e éticas em muitos países, incluindo os EUA e o Reino Unido, que não têm leis que regulem a criação de embriões sintéticos. Embora a estrutura não tenha coração ou cérebro, ela tem células-tronco que seriam capazes de formar todo o embrião, caso seu desenvolvimento fosse estimulado.

 

Neste momento, estes modelos estão confinados a tubos de ensaio no laboratório. Seria ilegal implantá-los num útero e também não é certo se essas estruturas sintéticas têm potencial para continuar a amadurecer além dos primeiros estágios de desenvolvimento.

 

Por exemplo, embriões sintéticos de ratos que foram implantados no útero de uma fêmea, não levaram a uma gestação.

 

O ritmo das descobertas neste campo e a crescente sofisticação dos modelos têm preocupado os especialistas em bioética.

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