Ataques cibernéticos em Angola: Saiba quem foram os afectados e quais os principais motivos

Devido à pandemia da Covid-19, o mundo empresarial angolano registou um aumento no uso das tecnologias de informação e comunicação, aumentando também os riscos de ataques cibernéticos

Ataques cibernéticos em Angola: Saiba quem foram os afectados e quais os principais motivos

Agência BPC

Os ataques cibernéticos têm afectado vários países em todo o mundo, visando não apenas grandes empresas, como também pessoas singulares. Durante a pandemia da Covid-19, o problema agravou-se ainda mais, tendo sido reportado um aumento de 341% no ano de 2020, em relação ao ano anterior.

 

Estima-se que os ataques aumentarão 30% este ano, motivados pela alteração no comportamento online e a dependência de conectividade principalmente devido as medidas de confinamento e distanciamento social aplicadas em todo o mundo, que têm obrigado várias pessoas a trabalharem remotamente.

 

Ataques a empresas angolanas

Em Angola, a situação não tem sido diferente. Nos últimos anos, várias instituições nacionais, especialmente ligadas à área financeira, têm sido alvos de ataques cibernéticos.

 

Devido à pandemia da Covid-19, o mundo empresarial angolano registou um aumento no uso das tecnologias de informação e comunicação, aumentando também os riscos de ataques cibernéticos.

 

Em Junho de 2019, a maior empresa do país, a Sonangol, foi alvo de um ataque cibernético que deixou a empresa parcialmente paralisada durante mais de dois dias.  Na altura, soube-se que os hackers tiveram acesso a informações privilegiadas de mais de 7 000 computadores da petrolífera.

 

Para reverter a situação, os técnicos da petrolífera tomaram, de imediato, medidas como o shutdown dos sistemas informáticos e da rede de comunicações da Sonangol.

 

Um caso semelhante aconteceu em Fevereiro deste ano quando a plataforma tecnológica de apoio ao Ministério das Finanças foi alvo de um ataque cibernético. Na ocasião, o Ministério das Finanças esclareceu que apenas os serviços com recurso a e-mails e pastas partilhadas haviam sido afectados. Já os serviços de processamento de salário e de arrecadação de receitas do Estado fizeram parte dos muitos que não haviam sido afectados pelo ataque.

 

Por último, o mais recente ataque envolveu mais uma instituição financeira nacional. Desta vez, foi o Banco de Poupança e Crédito, SA, (BPC), que comunicou na manhã de terça-feira, 20 de Julho, que a sua plataforma tecnológica de suporte às actividades sofreu um ataque cibernético de origem e causas desconhecidas. O ataque afectou alguns servidores, e alguns dos serviços prestados nas agências da rede comercial do BPC encontram-se temporariamente limitados até ao momento.

 

Governo preocupado com a cibersegurança

Recentemente, o Secretário de Estado para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Mário de Oliveira, exortou as empresas angolanas a investirem na cibersegurança, como forma de se prevenirem contra ataques cibernéticos e danos às suas estruturas.

 

Para o Governo, 90 por cento dos ataques cibernéticos registados podiam ter sido evitados se as corporações apostassem em medidas fortes de cibersegurança, entre as quais a criação de passwords complexas e robustas, alteração regular das passwords, não abertura de e-mails e não acesso a páginas de origem desconhecida.

 

O Governo aconselha, por esta razão, as empresas a tomarem medidas proactivas de segurança para melhor se prevenirem e evitarem danos maiores que possam colocar em causa à sua sustentabilidade e funcionamento. 

 

Motivação

Até a presente data, pouco se sabe acerca dos responsáveis pelos ataques e quais as reais motivações dos mesmos. Dentre os vários ataques cibernéticos em Angola, apenas o grupo autointitulado “Anonymous Angola” assumiu a autoria dos seus ataques.

 

Em várias partes do mundo, as principais motivações para ataques variam entre ganhos financeiros, benefícios políticos e económicos, vingança, guerra cibernética e até mesmo prazer pessoal.

Fonte: Tecangologies

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André Manuel

André Manuel
André Manuel é um engenheiro eléctrico apaixonado por partilhar conhecimento e insights sobre o mundo da engenharia moderna. Formado em Engenharia Eléctrica pelo Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), André traz consigo uma sólida base académica e uma vasta experiência em diversos projectos da indústria. O seu olhar orientado para detalhes, combinado com a sua capacidade de comunicar ideias técnicas de maneira acessível, tornam as suas colunas valiosas para profissionais e entusiastas da engenharia eléctrica e não só. André Manuel é colunista do Portal da Tecangologies desde a sua fundação, e as suas colunas frequentemente exploram tópicos como energias renováveis, negócios, política, automação industrial entre outros.

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