Mudança de nome do Facebook pode ter sido motivada por uma séria crise de reputação

Os críticos apontam, no entanto, que a mudança parece ser uma tentativa de desviar as atenções dos ‘Facebook Papers’, um conjunto de documentos confidenciais que foram expostos e divulgados por um consórcio de órgãos noticiosos

O director executivo do Facebook Mark Zuckerberg surpreendeu o mundo ao anunciar na quinta-feira (28) a mudança do nome da sua empresa para Meta, durante o seu evento anual denominado Facebook Connect. Após um mês bastante atribulado, a expectativa diante do aparecimento de Zuckerberg era máxima, na semana mais infeliz para a empresa em seus 17 anos de existência.

 

Zuckerberg justificou a mudança de nome como uma tentativa de abranger a sua visão de realidade virtual para o futuro, a qual designa por “metaverso”.

 

Após esta revelação, várias foram as vozes que questionaram as reais motivações para a mudança do nome. Vários críticos apontam que a mudança parece ser uma tentativa de desviar as atenções dos ‘Facebook Papers’, um conjunto de documentos confidenciais que foram expostos e divulgados por um consórcio de órgãos noticiosos, na passada segunda-feira (25).

 

A divulgação dos documentos internos da empresa manchou o bom nome do Facebook, que já havia sido fustigado por uma grande campanha judicial, extensível a outras grandes empresas de tecnologia (Google, Apple, Microsoft e Amazon), por supostas práticas monopolistas.

 

As revelações sobre como o Facebook havia tolerado conteúdo potencialmente violento, como discurso de ódio em países em guerra, guiado pelo único propósito de continuar a crescer e a ganhar dinheiro. Os vazamentos também revelaram moderação humana e por computador insuficiente de milhões de posts na rede social.

 

Escândalos não afectam desempenho financeiro

No entanto, essa sucessão de escândalos não parece afectar as contas da empresa, pelo menos por enquanto. No dia 25 de Outubro, a companhia apresentou os resultados do terceiro trimestre do ano, período em que sua receita cresceu 35%, para 29 mil milhões de dólares, com um lucro de 9,2 mil milhões de dólares, 17% a mais que no mesmo período em 2020.

Fonte: Tecangologies

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