Parte dos elementos que compõem a estrutura serão consumidos pela elevada temperatura gerada na entrada do Longa Marcha na atmosfera terrestre, mas os especialistas admitem que “entre 20% e 40% da sua massa atingirá a Terra
O Centro Espacial de Wenchang lançou, no domingo (24), um foguetão de 10 andares e 23 toneladas para o espaço, e não há conhecimento do local e do momento em que cairá no regresso à Terra. Reagindo aos acontecimentos, a Agência Europeia para a Segurança da Aviação (EASA) emitiu um comunicado com um alerta sobre uma possível queda, entre 30 e 31 de Julho, de “até 9 toneladas de detritos do foguetão chinês Longa Marcha 5B (CZ-5B) em países europeus.
O lixo espacial que poderá espalhar-se de “forma descontrolada” por uma área com cerca de 2000 quilómetros de comprimento e cerca de 70 quilómetros de largura.
A trajectória de reentrada dos detritos na atmosfera poderá abranger o espaço aéreo de, Espanha, Portugal, França, Grécia, Itália, Bulgária e Malta embora a trajectória final só possa ser conhecida horas antes do acontecimento, refere a EASA. Porém, como 70% da superfície do planeta é coberta por água, é importante referir que a chance de que qualquer peça atinja terra firme é pequena.
Esta não é, aliás, a primeira vez que o mundo ouve um alerta deste tipo. Apesar de parecer estranho, o acontecimento está longe de ser inédito.
Vale recordar que o primeiro andar de um outro foguetão Longa Marcha 5B reentrou na atmosfera terrestre. Um importante segmento deste foguetão chinês desintegrou-se ao reentrar na atmosfera terrestre e os restos do engenho caíram no oceano Índico, perto das Maldivas, sem causar quaisquer danos. E em Maio de 2020, um ano antes, os restos de outro Longa Marcha 5B foram encontrados na Costa do Marfim.
Parte dos elementos que compõem a estrutura serão consumidos pela elevada temperatura gerada na entrada do Longa Marcha na atmosfera terrestre, mas a EASA admite que “entre 20% e 40% da sua massa atingirá a Terra, o suficiente para que numerosos fragmentos sobrevivam e chovam na forma de detritos em uma área de cerca de 2000 quilómetros de comprimento por cerca de 70 quilómetros de largura”.
A mais recente previsão, datada de 27 de Julho de 2022, prevê que a reentrada dos destroços do Longa Marcha ocorrerá “a 30 de Julho de 2022 às 18:39:00 (UTC) [19h39 em Angola] +/- 900 minutos na latitude aproximada 39,1, longitude 148,9” destaca o comunicado da EASA.
O desconhecimento do destino final dos detritos do foguetão está a causar polémica entre os especialistas espaciais. Apesar de reconhecerem a baixa probabilidade de os destroços caírem em zonas habitadas, não excluem a hipótese.
Bill Nelson, administrador da agência espacial norte-americana NASA, acusa os chineses de não assumirem “uma postura responsável perante os detritos espaciais”.
Em resposta às acusações, Hua Chunying, representante do Governo chinês, considera que os Estados Unidos e outros países se têm preocupado excessivamente com a situação.
“Até à data, não há registo de danos causados pelos detritos caídos. Tenho visto relatórios desde o lançamento do primeiro satélite feito pelo Homem, há mais de 60 anos, e nem um único detrito caiu em cima de uma pessoa. Os especialistas americanos reconhecem que a probabilidade é menor que uma num milhão”, defende.
Fonte: Renascença
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Adão Cambambi
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