O veículo usou uma combinação de cápsula protetora, pára-quedas e plataforma de foguete para fazer a descida
Robô espacial chinês Zhurong
A missão Tianwen-1 chegou com sucesso a Marte tornando a China no terceiro país a aterrar no Planeta Vermelho, a seguir aos Estados Unidos e à Rússia; e no primeiro a enviar uma sonda, um lander e num rover para Marte na viagem inaugural ao planeta.
O veículo usou uma combinação de cápsula protetora, pára-quedas e plataforma de foguete para fazer a descida.
O pouso no planeta vermelho é particularmente difícil e muitas missões europeias, soviéticas e americanas falharam no passado. Até agora, apenas os norte-americanos realmente dominaram o pouso em Marte. Todos os outros países que tentaram caíram ou perderam o contacto logo após chegarem à superfície.
A China já havia tentado enviar uma sonda a Marte em 2011, em uma missão conjunta com a Rússia, mas a tentativa falhou e Pequim decidiu seguir a aventura sozinha.
Os chineses lançaram sua missão não tripulada "Tianwen-1" da Terra no final de Julho de 2020, em homenagem à sonda enviada ao espaço. Ela é composta por três elementos: uma sonda orbital (que gira em torno do astro), uma sonda (que pousou em Marte) e o robô teleguiado "Zhurong" a bordo.
"A sonda Tianwen-1 pousou com sucesso na área predefinida" em Marte com o robô "Zhurong", informou a CCTV, especificando que um "sinal" foi recebido na Terra.
O pouso ocorreu em uma área do planeta vermelho chamada "Utopia Planitia", uma vasta planície localizada no hemisfério norte de Marte.
Esta é a primeira tentativa independente e ambiciosa para os chineses, que esperam fazer tudo que os americanos fizeram em várias missões marcianas desde os anos 1960.
Em Fevereiro, a China conseguiu colocar a sonda "Tianwen-1" na órbita marciana e tirar fotos do planeta vermelho.
Neste sábado, conseguiu pousar o módulo de pouso em Marte, o que permitirá a saída do robô teleguiado "Zhurong". A realização dessas três operações em uma primeira missão a Marte é inédito.
Pesando mais de 200 kg, "Zhurong" está equipado com quatro painéis solares para o fornecimento de energia elétrica e pretende estar operacional por três meses. Também está equipado com câmeras, um radar e um laser que lhe permitirá estudar o ambiente e analisar a composição das rochas marcianas.
O presidente chinês, Xi Jinping, parabenizou a equipa responsável pela missão por sua "notável conquista" em uma mensagem especial.
“Vocês foram corajosos o suficiente para o desafio, buscaram a excelência e colocaram o nosso país nas posições avançadas da exploração planetária”, disse ele.
Thomas Zurbuchen, chefe de ciência da agência espacial dos norte-americana (Nasa), também foi rápido em dar seus parabéns.
"Junto com a comunidade científica global, espero as contribuições importantes que esta missão fará para a compreensão do Planeta Vermelho pela humanidade", disse ele.
A agência espacial russa Roscosmos disse que o sucesso é um bom presságio para sua futura cooperação com a China.
Fonte: Tecangologies
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José Luciano
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