A experiência chegou às mesmas temperaturas encontradas no centro do Sol, cujo núcleo chega até 15 milhões de graus celsius
Cientistas do laboratório norte-americano Lawrence Livermore National, na Califórnia, anunciaram esta terça-feira um "avanço histórico" na fusão nuclear, ao ter produzido mais energia do que alguma vez criada através desta tecnologia na Terra, despertando o entusiasmo em cientistas de todo o mundo.
A experiência, realizada a 8 de Agosto na National Ignition Facility (NIF), "foi possível graças à concentração da luz de lasers", não menos que 192, "num alvo do tamanho de um projéctil" de caça, explica um comunicado.
Isto teve o efeito de "produzir um ponto quente do diâmetro de um fio de cabelo, gerando mais de 10 quadrilhões de watts por fusão durante 100 trilionésimos de segundo".
A experiência chegou às mesmas temperaturas encontradas no centro do Sol, cujo núcleo chega até 15 milhões de graus celsius.
Trata-se de oito vezes mais energia do que durante as últimas experiências realizadas na primavera no hemisfério norte.
A fusão nuclear é considerada pelos seus defensores a energia do futuro, em especial porque gera poucos resíduos e nenhum gás de efeito estufa.
É diferente da fissão, técnica usada atualmente nos geradores nucleares e que consiste em quebrar os elos de núcleos atómicos pesados para libertar energia.
A fusão é o processo inverso: dois núcleos atómicos leves "casam-se" para criar um mais pesado. Neste caso, dois isótopos (variantes atómicas) de hidrogénio, dando origem a hélio. Este é o processo que ocorre nas estrelas, incluindo o nosso sol.
"Este avanço coloca os investigadores muito perto do limiar da ignição", segundo o comunicado, ou seja, o momento em que a energia produzida supera a usada para provocar a reacção.
Já estão em andamento os preparativos para reproduzir esta experiência, que levará "vários meses", informou o comunicado, especificando que informações mais detalhadas serão publicadas numa revista científica.
"Este resultado é um avanço histórico para a pesquisa da fusão por confinamento inercial", disse Kim Budil, director do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, ao qual o NIF é subordinado.
Fonte: Diário de Notícias, Tecangologies
Tópicos relacionados: CiênciaTecnologia
José Luciano
José Luciano é um informático apaixonado pela intersecção entre tecnologia e sociedade, buscando constantemente desvendar os mistérios do mundo digital e traduzi-los em insights compreensíveis.
Desde cedo, José demonstrou uma curiosidade insaciável por todos os aspectos da tecnologia, desde os fundamentos da programação até as tendências emergentes em inteligência artificial, cibersegurança e transformação digital.
As colunas de José Luciano abordam uma ampla gama de tópicos, incluindo análises de tendências tecnológicas, dicas práticas para otimizar a experiência digital entre outras matérias relacionadas à tecnologia.
Designer por-Tecangrafical
Retrospectiva 2021 - CiênciaA corrida ao planeta vermelho esteve ao rubro, em Fevereiro de 2021 ficando na história por ser o mês em que três missões
Luanda vai ganhar um Parque de Ciência e Tecnologia em 2025
A primeira fase do projecto que fica concluído dentro de 14 meses, compreende a reabilitação do Centro Nacional de
Academia Bai
Instituto Superior de Administração e Finanças lança Unidade de Ciências Sociais AplicadasSegundo a instituição, com essa premissa investigativa, composta por um grupo de cinco investigadores académicos, pretende
Avenida Revolução de Outubro Luanda, Angola
(+244) 916 - 975 - 800
geral@tecpleta.com
As maiores histórias da Tecpleta entregues na sua caixa de entrada.
© 2024 Portal Tecpleta. Todos Direitos Reservados.