Cientistas tentam criar energia a partir da rotação da Terra

Pouco tempo depois, surgiram críticas a esta proposta, umas baseadas em argumentos teóricos e outras em evidências experimentais

A Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, está a realizar experiências para gerar electricidade utilizando o campo magnético terrestre. Um cilindro de ferrita de manganês-zinco, alinhado perpendicularmente ao campo magnético da Terra, produz uma tensão de 18 microvolts, aproveitando a energia rotacional do planeta.

A ideia foi proposta em 2016 por Christopher Chyba e Kevin Hand, que sugeriram que, em certas condições, os electrões num material condutor não anulariam completamente a força magnética, permitindo a geração de energia.

Críticas surgiram, mas os investigadores avançaram com testes práticos. Usando um cilindro oco de 30 cm, orientado a 57° em relação ao solo, mediram uma tensão dependente da posição, excluindo interferências como o efeito Seebeck (causado por diferenças de temperatura).

Os resultados, publicados na Physical Review Research, indicam um sinal consistente de 18 microvolts, não observado em cilindros de controlo. A descoberta, ainda que modesta, abre caminho a novas investigações sobre a extracção de energia a partir do movimento terrestre.

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