As pesquisas com o medicamento em humanos, que não teve efeitos colaterais nos animais, devem começar ainda neste ano, e os responsáveis acreditam que a fármaco pode estar disponível no mercado até 2027
Uma equipa de cientistas anunciou nesta quarta-feira (23) ter desenvolvido uma pílula anticontraceptiva masculina que demonstrou ser 99% eficaz em ratos, um avanço aguardado há anos na medicina.
As pesquisas com o medicamento em humanos, que não teve efeitos colaterais nos animais, devem começar ainda neste ano, e os responsáveis acreditam que a fármaco pode estar disponível no mercado até 2027.
As descobertas sobre este contraceptivo serão apresentadas na reunião de primavera da American Chemical Society e representam um marco na oferta de métodos de controlo de natalidade e responsabilidades para os homens.
Desde que a pílula anticontraceptiva para mulheres foi aprovada, na década de 1960, utilizada hoje por mais de 214 milhões de mulheres no mundo, os pesquisadores têm trabalhado em busca de um equivalente masculino.
Apesar de estudos mostram que os homens estão interessados em outros métodos contraceptivos, até agora, apenas preservativos e a vasectomia estão entre os métodos eficazes disponíveis para os homens.
No caso das mulheres, a pílula feminina usa hormônios que alteram o ciclo menstrual, uma combinação do estrogênio e da progesterona. Seguindo a mesma lógica, os esforços para desenvolver a versão masculina costumavam se concentrar no hormónio da testosterona.
Essa abordagem, no entanto, apresentou efeitos colaterais graves nos testes, como ganho de peso, depressão e aumento dos níveis de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL), o que consequentemente aumenta o risco de doença cardíaca, além de baixa efectividade.
O novo modelo, por outro lado, utiliza um método não hormonal, concentrado em uma proteína chamada receptor de ácido retinoico RAR-alfa. Isso porque o ácido retinoico desempenha um papel importante no crescimento celular, na formação de espermatozoides e no desenvolvimento embrionário.
No entanto, ele precisa interagir com o RAR-alfa para desenvolver essas funções, e os testes em laboratório mostraram que ratos sem o gene criado pelo receptor RAR-alfa são estéreis.
Os cientistas desenvolveram então um composto chamado YCT529 que bloqueia a ação do RAR-alfa. Ele foi projectado para actuar especificamente com o receptor RAR-alfa, e não com outros receptores relacionados, como RAR-beta e RAR-gama, a fim de evitar ao máximo possíveis efeitos colaterais.
Fonte: Tecangologies
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Adão Cambambi
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