A Amazon não referiu nenhuma rede social em específico, mas o Facebook tem sido repetidamente criticado por não conseguir reprimir essas práticas
A Amazon culpa as plataformas de redes sociais pelas falhas na remoção de críticas ou avaliações falsas da sua página, argumentando que existe o negócio de compra e venda de avaliações a determinados produtos e que a tecnológica não consegue mediar este tipo de publicações.
A empresa de liderada por Jeff Bezos afirma que removeu mais de 200 milhões de avaliações suspeitas de serem falsas antes de serem vistas pelos clientes somente em 2020, mas mesmo assim tem enfrentado críticas contínuas pela enorme quantidade de avaliações falsas e enganosas que chegam à sua loja, conta o jornal britânico “The Guardian”.
Este ano, uma investigação da empresa britânica Which?, que testa produtos e promove a escolha informada do consumidor, descobriu empresas que afirmam ser capazes de garantir o estatuto de "Escolha da Amazon" nos produtos - um selo de qualidade atribuído por algoritmos que pode colocar os produtos no topo dos resultados de pesquisa - dentro de duas semanas e outras alegando ter centenas de milhares de revisores.
A Amazon diz que a culpa deve recair sobre as empresas de redes sociais, acusando-as de demorarem a agir quando são alertadas de que avaliações falsas estão a ser solicitadas nas suas plataformas.
A Amazon não referiu nenhuma rede social em específico, mas o Facebook tem sido repetidamente criticado por não conseguir reprimir essas práticas. Em janeiro de 2020, a Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido garantiu um acordo do Facebook para "melhor identificar, investigar e remover grupos e outras páginas em que avaliações falsas e enganosas estavam a ser negociadas e evitar que reapareçam". No entanto, uma investigação de acompanhamento este ano forçou a autoridade a intervir uma segunda vez.
"Depois de intervirmos novamente, a empresa fez mudanças significativas, mas é dececionante que eles tenham levado mais de um ano para consertar esses problemas", disse Andrea Coscelli, presidente-executivo da entidade reguladora, em Abril.
"Atividades fraudulentas e enganosas não são permitidas nas nossas plataformas, incluindo a oferta ou negociação de avaliações falsas. As nossas equipas de proteção e segurança trabalham continuamente para ajudar a prevenir essas práticas", reagiu na altura um porta-voz do Facebook.
A Amazon apelou, embora sem citar diretamente, a plataformas como o Facebook, Twitter, Instagram ou YouTube para que colaborem na luta contra as falsas avaliações, considerando esta "uma batalha de toda a indústria".
Segundo a empresa, as avaliações falsas não são apenas publicadas por utilizadores individuais, que inventam experiências com determinado produto que não compraram, existindo todo um mercado de compradores e vendedores especializados e dedicados a este tipo de serviços.
A contratação destas operações pode servir para desencadear críticas positivas e, assim promover determinado produto, mas também para inundar de comentários negativos e afundar produtos da concorrência
Fonte: Tecangologies
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José Luciano
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