Rebranding das principais companhias petrolíferas do mundo face a transição energética

A transição para as energias renováveis das empresas de petróleo e gás está longe de ser uma tendência visível. Precisamos de ter noção que uma série de coisas precisaria mudar para que essa transição ocorresse

Rebranding das principais companhias petrolíferas do mundo face a transição energética

Pensar na transição energética das empresas de petróleo e gás requer uma elevada cautela pois a mesma tem um impacto directo na sua fonte de renda bruta. No entanto, apesar de uma inércia considerável e inegável, uma transição de longo prazo parece estar em andamento no seio de todas as empresas do sector.

Situação global

Os players de combustíveis fósseis estão a enfrentar cada vez mais a pressão para se estabelecerem como parceiros legítimos na transição energética. Anualmente, temos assistido vários protestos de cidadãos em muitas partes do mundo, mostrando que a opinião pública está a voltar-se rapidamente contra fontes de energia poluentes.

 

Investidores públicos e privados estão a retirar dinheiro de empresas de combustíveis fósseis para evitar o risco de activos ociosos. Além disso, a geração de electricidade renovável agora é mais barata do que a energia baseada em combustível fóssil existente e nova.

 

Então, para qualquer empresa de combustíveis fósseis que queira sobreviver, uma reorientação para a energia renovável parece um caminho lógico a seguir.

Angola

Em angola, o grande desafio das empresas produtoras de hidrocarbonetos é aumento na produção de combustíveis fósseis pois este sector contribui em cerca de 90 % do produto interno bruto do país. Apesar disso, algumas empresas de petróleo e gás que operam em território nacional estão a promover metas líquidas zero, através de parcerias com outras empresas do sector.

 

Em Março deste ano, a petrolífera britânica BP e a italiana ENI assinaram um acordo para a criação de uma companhia independente denominada “Azule Energy”.

Segundo as duas empresas, a parceria contribuirá para a satisfação das necessidades económicas de Angola, para o seu percurso de descarbonização e fortalecerá a sua posição como um interveniente global na área de LNG.

 

No mesmo mês, a Sonangol anunciou a assinatura de um acordo com as empresas alemãs Conjucta GmbH e Gauff GmbH & Co. Engineering Kg para a implantação de uma fábrica para a produção de hidrogénio verde em Angola.

 

Na ocasião, a petrolífera angolana reafirmou o seu compromisso com a transição energética, através da implementação de soluções locais para a produção de fontes de energia alternativas que preservem o ambiente.

Conclusão

A transição para as energias renováveis das empresas de petróleo e gás está longe de ser uma tendência visível. Precisamos de ter noção que uma série de coisas precisaria mudar para que essa transição ocorresse.

 

Estas empresas precisam realocar capital significativo para resolver a lacuna de investimento em energia renovável, especialmente em sectores como energia geotérmica e energia eólica offshore, onde existem oportunidades de transferência de habilidades técnicas. Até lá, será difícil manter o otimismo sobre sua transição.

Fonte: Tecangologies

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André Manuel

André Manuel
André Manuel é um engenheiro eléctrico apaixonado por partilhar conhecimento e insights sobre o mundo da engenharia moderna. Formado em Engenharia Eléctrica pelo Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), André traz consigo uma sólida base académica e uma vasta experiência em diversos projectos da indústria. O seu olhar orientado para detalhes, combinado com a sua capacidade de comunicar ideias técnicas de maneira acessível, tornam as suas colunas valiosas para profissionais e entusiastas da engenharia eléctrica e não só. André Manuel é colunista do Portal da Tecangologies desde a sua fundação, e as suas colunas frequentemente exploram tópicos como energias renováveis, negócios, política, automação industrial entre outros.

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