
Os voluntários do ensaio que se realizou entre Setembro e Novembro receberam todos duas doses da vacina ou de placebo com três semanas de intervalo.
A vacina russa Sputnik V tem uma eficácia de 91,6% contra a covid-19, segundo os resultados da fase 3 dos ensaios clínicos publicados na revista científica The Lancet e validados por especialistas independentes.
Com a publicação destes primeiros resultados verificados da fase 3 dos ensaios clínicos confirmam-se assim as afirmações iniciais da Rússia sobre a eficácia da Sputnik V, que foram recebidas com ceticismo pela comunidade científica internacional no final do passado.
No passado mês de Novembro, o porta-voz do ministro da Saúde assegurava que a vacina, desenvolvida pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya em Moscovo, tinha uma taxa de eficácia superior a 90% e o Presidente russo, Vladmir Putin, garantia também que “todas as vacinas russas contra a Covid-19 são eficazes”.
Os resultados preliminares da fase 3 nessa altura deram como certa uma eficácia de 95%. A 14 de Dezembro, os resultados finais da fase 3 indicaram uma eficácia de 91,4%.
Com este resultado de 91,6% de eficácia na prevenção da covid-19, a Sputnik V fica ao nível das vacinas mais eficazes e já a serem administradas - da Pfizer/BioNTech – com 95% de eficácia e da Moderna - com eficácia de 94,5%.
Os resultados publicados agora dizem respeito ao ensaio clínico realizado com 20 mil voluntários. Mostram que a Sputnik V reduziu em 91,6% o risco de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2.
Os voluntários do ensaio que se realizou entre Setembro e Novembro receberam todos duas doses da vacina ou de placebo com três semanas de intervalo.
No dia seguinte a cada inoculação foi feito um teste PCR, mas na segunda dose o teste só foi realizado às pessoas que desenvolveram sintomas.
No total, 16 voluntários em 14.900 que receberam as duas doses da vacina testaram positivo à covid-19 (0,1%), contra 62 em 4.900 que receberam o placebo (1,3%).
Os autores sublinham que os testes PCR só foram realizados quando as pessoas declararam ter sintomas de covid-19, razão pela qual a análise da eficácia diz apenas respeito a casos sintomáticos.
Com base em cerca de 2.000 casos de pessoas com mais de 60 anos, o estudo considera que a vacina é eficaz nessa faixa etária. Os dados parciais mostram ainda que protege contra as formas moderadas a severas da doença.
A Sputnik V é uma vacina de vetor viral, ou seja, utiliza outros vírus tornados inofensivos para o organismo humano que se adaptam para combater a covid-19.
Fonte: Lusa
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José Luciano
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