A decisão do país abandonar a OPEP, a qual aderiu voluntariamente em 2006, surge na sequência da 36ª Reunião Ministerial desta Organização e seus aliados, realizada a 30 de Novembro deste ano, via videoconferência, que deliberou a atribuição a Angola de uma quota de produção de 1.110 milhões de barris de petróleo bruto por dia
O Governo angolano enviou à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) o documento que formaliza a sua saída voluntária deste Bloco Económico, a partir de 1 de Janeiro de 2024.
O envio dessa comunicação à Organização surge algumas horas depois de o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, ter anunciado, publicamente, a retirada de Angola da OPEP.
De acordo com o Governo, a República de Angola é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo Bruto há mais de 16 anos e durante este período tem cumprido, cabalmente, com todas as obrigações devidas à agremiação, bem como partilhado dos esforços que os países signatários da Declaração de Cooperação OPEP e Não OPEP (OPEP+) têm desenvolvido, com vista a estabilizar o mercado petrolífero internacional.
Vale realçar que a decisão do país abandonar a OPEP, a qual aderiu voluntariamente em 2006, surge na sequência da 36ª Reunião Ministerial desta Organização e seus aliados, realizada a 30 de Novembro deste ano, via videoconferência, que deliberou a atribuição a Angola de uma quota de produção de 1.110 milhões de barris de petróleo bruto por dia.
A esse respeito, o ministro Diamantino Azevedo explicou que a decisão “não foi tomada por unanimidade" e contrariou a posição de Angola, pelo que o Governo angolano reiterou e manteve a sua proposta de produzir 1.180 milhões barris de petróleo bruto por dia, em 2024.
Em reação a deliberação dos participantes na Reunião Ministerial, que obrigaria Angola a cortar na sua produção 70 mil barris de petróleo por dia, o Governo angolano enviou uma nota de protesto ao Secretariado Geral da Organização, facto que veio culminar com a sua saída na OPEP.
Com o abandono de Angola, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP ou OPEC, em inglês) passa a contar com 12 nações.
Fundada a 15 de Setembro de 1960, em Bagdá, pelos cinco membros fundadores (Irão, Iraque, Kuwait, Arábia Saudita e Venezuela), a Organização Intergovernamental representava 44% da produção global de crude e 81,5% das reservas de ‘petróleo comprovadas' do mundo, em 2018, quando a Organização tinha 14 países membros.
Por outro lado, a OPEP também não conta com a participação de outros grandes países produtores, como Estados Unidos da América, Canadá, Brasil, China e Qatar.
Para além disso, com a sigla ‘OPEP+’, esta Organização inclui também os chamados ‘países aliados’, que não integram, propriamente, este Bloco, mas actuam de forma conjunta em algumas políticas internacionais ligadas ao comércio de petróleo e na mediação entre membros e não membros.
Entre os aliados que compõem a OPEP+ estão, actualmente, países como Azerbaijão, Bahrein, Malásia, México e Rússia.
Fonte: Angop
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André Manuel
André Manuel é um engenheiro eléctrico apaixonado por partilhar conhecimento e insights sobre o mundo da engenharia moderna. Formado em Engenharia Eléctrica pelo Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), André traz consigo uma sólida base académica e uma vasta experiência em diversos projectos da indústria. O seu olhar orientado para detalhes, combinado com a sua capacidade de comunicar ideias técnicas de maneira acessível, tornam as suas colunas valiosas para profissionais e entusiastas da engenharia eléctrica e não só. André Manuel é colunista do Portal da Tecangologies desde a sua fundação, e as suas colunas frequentemente exploram tópicos como energias renováveis, negócios, política, automação industrial entre outros.
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