Durante a maior parte de sua existência, as plataformas de internet argumentaram que eram plataformas neutras que apenas distribuíam informações – e que não eram responsáveis pelo seu conteúdo
No passado dia 24 de Fevereiro celebrou-se o primeiro aniversário do início do conflito armado envolvendo a Ucrânia e a Federação Russa. Desde aquele dia, a guerra teve um impacto profundo não apenas nos dois países envolvidos, mas em todo o mundo. As plataformas de redes sociais não são excepção.
Vídeos do campo de batalha, vigilância detectada por drones e outras formas de comunicação digital tornaram a guerra da Ucrânia a mais acessível pela internet da história, transformando o Twitter, o TikTok e outras plataformas da internet em fontes primárias de notícias sobre a guerra.
Mas essa não é a única maneira pela qual este é um divisor de águas para as empresas de internet. A guerra na Ucrânia os está a forçar a enfrentar realidades geopolíticas que eles conseguiram evitar. Embora as plataformas digitais tenham enfrentado pressão de governos de todo o mundo há muito tempo para remover conteúdo, bloquear críticos políticos e abrir escritórios locais nos quais o controlo do governo possa ser mais facilmente exercido, a pressão ocidental e a repressão da Rússia estão a acelerar uma mudança de paradigma de como as empresas de tecnologia operam.
Por exemplo, o Facebook removeu sites russos das suas plataformas na Europa, e a empresa mãe, a Meta, passou a despromover as publicações que tivessem hiperligações para estes mesmos media. Por sua vez, o Twitter desactivou os anúncios na Ucrânia e na Rússia.
Grandes linhas de falha surgiram, com consequências de longo alcance sobre como as plataformas de internet fazem negócios. A guerra destruiu o mito da neutralidade. Durante a maior parte de sua existência, as plataformas de internet argumentaram que eram plataformas neutras que apenas distribuíam informações – e que não eram responsáveis pelo seu conteúdo.
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André Manuel
André Manuel é um engenheiro eléctrico apaixonado por partilhar conhecimento e insights sobre o mundo da engenharia moderna. Formado em Engenharia Eléctrica pelo Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), André traz consigo uma sólida base académica e uma vasta experiência em diversos projectos da indústria. O seu olhar orientado para detalhes, combinado com a sua capacidade de comunicar ideias técnicas de maneira acessível, tornam as suas colunas valiosas para profissionais e entusiastas da engenharia eléctrica e não só. André Manuel é colunista do Portal da Tecangologies desde a sua fundação, e as suas colunas frequentemente exploram tópicos como energias renováveis, negócios, política, automação industrial entre outros.
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