Governo chinês critica 14 países que questionaram relatório da OMS sobre as origens da covid-19

Na terça-feira, os Estados Unidos e 13 países aliados manifestaram “preocupações comuns” a propósito do relatório da OMS sobre a origem do novo coronavírus, elaborado por uma missão científica enviada à cidade de Wuhan, apontada como origem da epidemia

Governo chinês critica 14 países que questionaram relatório da OMS sobre as origens da covid-19

Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China

O Governo chinês criticou nesta quarta-feira(31) os Estados Unidos e outros 13 países que questionaram as conclusões do relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre as origens da covid-19, acusando-os de "politizar" a questão.

 

"A politização da rastreabilidade do vírus é extremamente antiética e impopular", disse Hua Chunying, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

 

Na terça-feira, os Estados Unidos e 13 países aliados manifestaram “preocupações comuns” a propósito do relatório da OMS sobre a origem do novo coronavírus, elaborado por uma missão científica enviada à cidade de Wuhan, apontada como origem da epidemia.

 

Na declaração assinada pelos EUA, em conjunto com outros países como Reino Unido, Israel, Canadá, Japão, Austrália, Dinamarca e Noruega, os aliados reafirmaram o seu apoio à agência das Nações Unidas, bem como instaram a China a proporcionar "pleno acesso" aos dados relacionados com esta matéria.

 

"É essencial expressar as nossas preocupações comuns sobre o facto de o estudo dos peritos internacionais sobre a origem do vírus SARS-CoV-2 ter sido atrasado de forma significativa e de não ter tido um acesso exaustivo aos dados e a amostras originais", referiu o documento conjunto, que conta também com as assinaturas da República Checa, Estónia, Letónia, Lituânia, Eslovénia e Coreia do Sul.

 

Reagindo às questões levantadas pelo grupo de 14 países, a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que tal "só pode atrapalhar a cooperação global de rastreabilidade e minar a cooperação global anti-epidémica".

 

"O trabalho de rastreabilidade deve ser baseado numa perspectiva global" e "precisará ser realizado em vários países", disse Hua.

 

A China tem vindo a defender que outras investigações semelhantes à realizada em Wuhan tenham lugar também fora da China, incluindo nos Estados Unidos.

 

Elaborado nos últimos meses para identificar a origem da pandemia da doença covid-19, o relatório da equipa de cientistas da OMS aponta, entre outras conclusões, que a cidade de Wuhan (no centro da China e habitualmente indicada como o local onde foi detectado o primeiro caso) e o mercado de Huanan, na mesma localidade, não podem ser considerados como ponto de origem da pandemia.

 

Esta é uma das conclusões da missão internacional de 17 cientistas, que trabalharam com uma equipa composta pelo mesmo número de especialistas chineses, numa visita de 28 dias a Wuhan, metade dos quais foram passados pelo primeiro grupo em quarentena.

 

A missão científica também considera que é muito provável que o SARS-CoV-2 tenha passado do reino animal para os humanos, mas ainda não determinou como aconteceu.

 

A hipótese por meio de uma espécie intermediária é a que mais peso tem no relatório final dos especialistas.

 

Apesar de ser apontada como menos provável, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, defendeu esta semana uma nova investigação sobre a hipótese de a pandemia de covid-19 ter sido causada por uma fuga de um laboratório na China, criticando a falta de acesso a dados.

 

Na declaração conjunta, os EUA e os países aliados reconhecem as conclusões do relatório, mas insistem na importância de existir uma próxima etapa de investigação, pedindo um "empenho renovado da OMS e de todos os Estados-membros [da organização] a favor do acesso, da transparência e da rapidez".

 

Para os 14 países, as missões científicas devem poder realizar o seu trabalho "em condições que permitam a produção de conclusões e de recomendações independentes e objectivas".

 

Fonte: Lusa

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André Manuel

André Manuel
André Manuel é um engenheiro eléctrico apaixonado por partilhar conhecimento e insights sobre o mundo da engenharia moderna. Formado em Engenharia Eléctrica pelo Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), André traz consigo uma sólida base académica e uma vasta experiência em diversos projectos da indústria. O seu olhar orientado para detalhes, combinado com a sua capacidade de comunicar ideias técnicas de maneira acessível, tornam as suas colunas valiosas para profissionais e entusiastas da engenharia eléctrica e não só. André Manuel é colunista do Portal da Tecangologies desde a sua fundação, e as suas colunas frequentemente exploram tópicos como energias renováveis, negócios, política, automação industrial entre outros.

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