A desconfiança sobre a empresa surgiu em parte do passado militar de Ren Zhengfei, filiado no Partido Comunista Chinês, o que serviu para alimentar as suspeitas de uma alegada influência do regime no grupo
Ren Zhengfei, fundador da Huawei
O fundador da multinacional chinesa de telecomunicações Huawei, pediu nesta terça-feira(09) ao governo norte-americano “uma política de abertura” e reafirmou “a capacidade de sobrevivência” da empresa.
A Huawei foi colocada numa “lista negra” de entidades do Departamento do Comércio dos EUA pela administração do antigo Presidente Donald Trump, impedindo o grupo de adquirir tecnologia norte-americana necessária para telemóveis e infraestruturas de telecomunicações.
“Esperamos que a nova administração tenha uma política de abertura que seja benéfica” para os Estados Unidos, disse Ren Zhengfei, que fundou a empresa em 1987.
A desconfiança sobre a empresa surgiu em parte do passado militar de Ren Zhengfei, filiado no Partido Comunista Chinês, o que serviu para alimentar as suspeitas de uma alegada influência do regime no grupo.
Apesar das sanções norte-americanas, o fundador da Huawei disse “esperar poder comprar ainda grandes volumes de material, componentes e equipamentos” aos EUA.
Ren indicou acreditar que “a capacidade de sobrevivência da Huawei aumentou” apesar da pressão de Washington.
A pressão de Washington pesou sobre o grupo chinês no ano passado, com a Huawei a registar uma queda de 22% nas vendas globais de smartphones, indicou a empresa de pesquisas Canalys.
Devido às sanções impostas por Washington, a Huawei perdeu o acesso às atualizações para o Android, sistema operativo da Google, que é dominante. A empresa perdeu também acesso a ‘chips’ essenciais para o fabrico de smartphones.
A empresa também enfrenta uma pressão crescente no desenvolvimento de infraestruturas para as redes de quinta geração (5G), um novo padrão de tecnologias móveis criado para revolucionar a Internet e cuja implantação está a avançar em vários países.
A administração Trump insistiu que os serviços secretos chineses podiam usar os equipamentos da Huawei para monitorizar as comunicações e o tráfego de dados de outros países e insistiu com nações aliadas para que excluíssem a empresa chinesa.
Presente em 170 países e com 194 mil funcionários, a Huawei é hoje o primeiro caso de sucesso global da China, estando no centro da rivalidade sino-americana em torno do comércio e tecnologia.
Fonte: Tecangologies
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André Manuel
André Manuel é um engenheiro eléctrico apaixonado por partilhar conhecimento e insights sobre o mundo da engenharia moderna. Formado em Engenharia Eléctrica pelo Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), André traz consigo uma sólida base académica e uma vasta experiência em diversos projectos da indústria. O seu olhar orientado para detalhes, combinado com a sua capacidade de comunicar ideias técnicas de maneira acessível, tornam as suas colunas valiosas para profissionais e entusiastas da engenharia eléctrica e não só. André Manuel é colunista do Portal da Tecangologies desde a sua fundação, e as suas colunas frequentemente exploram tópicos como energias renováveis, negócios, política, automação industrial entre outros.
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