Os analistas preveem que a empresa será obrigada a aumentar o preço do iPhone — algo que não acontece desde o lançamento do iPhone X em 2017, quando o modelo topo de gama foi fixado em 999 dólares
As taxas impostas pelo executivo de Donald Trump nos Estados Unidos têm causado uma onda de choque no sector tecnológico. Empresas norte-americanas, como a Apple, Nvidia e Microsoft, já sentiram o impacto das tarifas, registando quedas significativas nas suas acções.
A Apple surge como uma das mais afectadas, dado que a maioria dos seus produtos é fabricada na China. Os analistas preveem que a empresa será obrigada a aumentar o preço do iPhone — algo que, segundo a Bloomberg, não acontece desde o lançamento do iPhone X em 2017, quando o modelo topo de gama foi fixado em 999 dólares.
De acordo com uma análise da Morgan Stanley citada pela Applemust, as tarifas podem representar um custo adicional de 33 mil milhões de dólares anuais para a Apple. A subida de preços funcionará como um mecanismo para mitigar este impacto, com os modelos Pro a serem os mais afectados, já que os seus clientes estarão mais predispostos a aceitar o aumento.
A publicação brasileira Exame avança que a Apple está a avaliar a possibilidade de expandir a produção de iPhones no Brasil, onde as taxas de importação norte-americanas são de apenas 10%, contra 26% na Índia e até 40% na China. Actualmente, mais de metade da produção global da Apple está concentrada na China, mas a empresa tem vindo a diversificar a sua cadeia de abastecimento, aumentando a presença na Índia e, potencialmente, no Brasil.
A gigante de Cupertino já opera uma fábrica no Brasil, em parceria com a Foxconn, em Jundiaí (São Paulo). Nestas instalações, são produzidos os modelos base do iPhone 13, 14, 15 e o mais recente 16. Caso a Apple decida redistribuir a sua produção para contornar as tarifas, esta unidade poderá ser expandida para fabricar outros modelos.
A Exame destaca ainda que a Foxconn no Brasil beneficia de um regime fiscal favorável, com impostos reduzidos. Se a Apple optar por reforçar a produção no país, poderá usar a fábrica brasileira para abastecer o mercado norte-americano, aproveitando as taxas mais baixas em comparação com a China e a Índia.
Fonte: Bloomberg
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André Manuel
André Manuel é um engenheiro eléctrico apaixonado por partilhar conhecimento e insights sobre o mundo da engenharia moderna. Formado em Engenharia Eléctrica pelo Instituto Superior Politécnico Alvorecer da Juventude (ISPAJ), André traz consigo uma sólida base académica e uma vasta experiência em diversos projectos da indústria. O seu olhar orientado para detalhes, combinado com a sua capacidade de comunicar ideias técnicas de maneira acessível, tornam as suas colunas valiosas para profissionais e entusiastas da engenharia eléctrica e não só. André Manuel é colunista do Portal da Tecangologies desde a sua fundação, e as suas colunas frequentemente exploram tópicos como energias renováveis, negócios, política, automação industrial entre outros.
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